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Terça Lírica apresenta dia 30 de setembro a obra-prima de Cocteau e Poulenc, “La voix humaine”

  • Foto do escritor: ciaoperars
    ciaoperars
  • 16 de set.
  • 2 min de leitura
(Créditos: Vitória Proença)
(Créditos: Vitória Proença)

Neste monólogo dramático, Jean Cocteau captura os tormentos de um rompimento amoroso por telefone – uma mulher cuja existência está literalmente por um fio atravessa as dores do abandono. Francis Poulenc compôs uma verdadeira tragédia lírica para uma voz simplesmente humana no auge da solidão. Com curadoria de Flávio Leite e direção de Carlota Albuquerque, a apresentação ocorre às 19h, no Palácio da Justiça. Entrada gratuita


No dia 30 de setembro, a Terça Lírica apresenta "La Voix Humaine", um monólogo para soprano composto por Francis Poulenc (1899 – 1963) em 1958. A obra é baseada na peça homônima de Jean Cocteau (1889 – 1963), que, juntamente com a soprano francesa Denise Duval, trabalhou em estreita colaboração com Poulenc na preparação para a estreia da ópera. O libreto consiste na última conversa telefônica de uma mulher com seu amante, que agora ama outra pessoa. Durante a ligação, a mulher revela todos os estados emocionais pelos quais passou porque o amante a abandonou.


"La Voix Humaine" destaca o poder da expressão feminina e a intensidade da emoção. A obra desafia estereótipos ao permitir que uma mulher ocupe todo o espaço cénico e vocal, dominando a narrativa. "Elle", interpretada pela soprano Elisa Machado – única gaúcha premiada com primeiro prêmio no Concurso Maria Callas – é o foco central, retratando as suas lutas internas, força e vulnerabilidade. 


A noite marca a estreia em palcos gaúchos da ópera com direção musical e piano de Patrick Menuzzi.


Jean Cocteau era conhecido pelas suas obras profundamente pessoais e introspectivas. Em "La Voix Humaine", explora a natureza da comunicação humana e a distância emocional, temas frequentes na sua própria vida. A peça, escrita em 1930, foi influenciada pela inovação tecnológica do telefone que, ao mesmo tempo que conectava as pessoas, também acentuava o abismo da comunicação não presencial, o que torna esta obra absolutamente visionária e atual se pensarmos nos dias de hoje.


Francis Poulenc, por sua vez, sentiu-se profundamente atraído pela peça de Cocteau. Ambos partilhavam uma profunda amizade e afinidade artística. Poulenc, conhecido pelas suas emoções conflituosas e turbilhão interno, viu na obra uma oportunidade de expressar a sua própria sensação de isolamento e desejo de conexão. 


FICHA TÉCNICA


Curadoria: Flávio Leite

 Direção cênica:

Carlota Albuquerque

Direção musical e piano: Patrick Menuzzi

Elle: Elisa Machado, soprano


SERVIÇO


Terça Lírica apresenta "La Voix Humaine"

30 de setembro | Terça-feira | 19h

Onde: Auditório Osvaldo Stefanello do Memorial do Judiciário RS – 6º andar (Praça Marechal Deodoro, 55 – Centro Histórico)

ENTRADA GRATUITA



 
 
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